19.1.09

Um reflexo.

Até onde for possivel...
É incrivel a dimenção que tomo em lona proporção dos sons velhos dos fones, é real que tento cada passo na fome de ser real, talvez só pra representar um nome ?
O Meu, moral da história eu esqueço de mim...
Se é assim...Eu vim aqui pra que ?
Ser só mais um egoísta na terra
Minha lista desse tipo cresce com uns nomes que ninguem espera
Eu vivo em constante guerra com ego, tem horas que me pego pensando longe, não nego que prego o certo, mas vira e mexe eu faço o errado
É a hora que me apego a certeza de que ninguem é perfeito...
Dou Adeus ao leito de morte, de volta a vida em quarentena
Trago com ela todo tipo de sequela possivel, em um dilema eterno...
De dormir no paraiso e acordar no inferno...
Me interno pela ultima vez, cada verso hoje é como um bérro...
Encaro os mesmos como lição.
De proporção eu quero meu rosto ja se desfez...
Me olho no espelho pálido e compulsivo eu tenho que escrever !
Não me nego a essa sina, teço várias escritas e não tento esquecer o motivo de ser...
Mas no fundo eu quero ser só sincero...
Rezo pelo inverso do reflexo anterior
Sendo como for
Eu não sou mais eu...


Lembrança na balança que se lança ao teto
Quando acordo certo sem sono...
São as poucas horas que eu me sinto imortal
Hoje eu sou, imortal...

13.1.09

Veste-se de laranja, belo horizonte.

Eu gosto das manhãs, gosto de lamber com os olhos a aurora em seu prenúncio. Quando a mãe noite se vai e o pai dia vem, é ele quem traz o astro rei em teu colo, quando solto no céu o Morro Da Angustia é o primeiro a receber sua visita,
o raio com esmalte de ouro, mais parece meus olhos em noite de carnaval, a estrela brilhosa bate fervescente na retina, e minha pele parda ganha um brilho intenso, visto somente nos reis de fábulas africanas.
Eu gosto do sol, gosto de olhá-lo profundamente, até doer nas vistas, sinto o horizonte nos traços de seus raios, enquanto meus cabelos estão livres grandes e crespos, essa estrela brilhosa és minha companheira, quando ela vem arrebentando no dia, castigando os fracos, covardes e mentirosos, sobrevôo em chão de asfalto, ando sobre a terra com os pés firmes e o coração chamuscado pelos raios solares
Gosto do sol, de como ele me invade pelas manhãs, mas hoje surpreendi falei que chegaria à hora, expulsei por uns tempos o inverno e as tardes de outono que me adentram. Meu corpo encheu de carinho, de inspiração, de encanto, de paz, de perdão, de amor, de poesia... Estava alimentado e forte, arranquei o ódio que tenho dos meus semelhantes numa enxadada de ternura só.

Deito-me sobre seu abraço quente.

9.1.09

Arte urbana.

Arte urbana feito os traços de selva e pingos de ar
Limpa e lucidar, linear margem de erro, é claro o desespero que nos segue em aviões
Ou outras conduções apareço em porões
Estudio e esposições,
Apago-me de muros, e ressurjo feito o espirito dos discos mais antigos
Fácilmente confundido com qualquer rapaz comum.
De parte a parte em um, nome da cifra me intitulei
Só falo do que sei, meu verso é plano e soberano e minha vida é como um plano de Spike Leen na tela
A rua se rebela mas estou do lado dela
A guerra é iminente mas ninguem se desespera.

7.1.09

Coração de porcelana.


Na tentativa de sentir teu gosto, minha emoção tem sido tão fúgas...Em cada corpo que não vejo seu rosto, sinto carinho, afeto mas amor não me traz
E a solidão é a porta da loucura...
E essa saudade não me deixa em paz e o meu desejo que a procura da nesse vazio que me dói demais
E o teu silêncio grita nos meus ouvidos teu beijo ainda vive nas minhas mãos,

"T e s i n t o e m c a d a u m d o s m e u s s e n t i d o s..."

Em pensamentos chego a te tocar, virou um vicio essa paixão insana...Cuidado é frágil te avisei só pra te lembrar meu coração é pura porcelana e pode se quebrar.
Onde estará ? Que paixões terá ? Ou me esquecerá ? Me diz se devo insistir no sonho,
Ou me deseludir de uma vez, tire as algemas do meu coração...
Não não vou deixar, você me deixar, falei por falar, volta pra ficar !
Me ajude a ver dinovo a luz do sol...
Me poupe por favor,
Do desprazer que deve ser morrer de amor...

6.1.09

E pelas entranhas das cordilheiras de uma serra perdida, pelas múrmurias de um poeta calado em seu pranto, ainda com gostas salgadas molhando meus lábios, molhará meu riso quando minha imaginação traçar os traços diretos de um esboço numa aquarela, pra isso nunca falhará minha memória.
A eternidade de cores que seu olhar me guarda, a bondade no peito não tarda, dia a após dia, desde o laranja suspenso, até quando a lua alteia prateada guardarei a sua sensibilidade em areias desertas e ninguem as atingirá.
Beijo a entrada da trilha do seu ouvido, cruzando barreiras até chegar em grandes sertões...Mesclando nossos corações...O cheiro que páira no ar e incendeia, os fluídosde amor corre na veia, e corre...Corre.
Abrindo os braços espanta a dor...
Ragando sorrisos dispensa o rancor...
Primeiros passos...E as palavras...
E os pensamentos que eu puder forjar...

Além do além,
Até o inferno astral.

Ela virá do mar, não sei,
Ela virá do céu, de passagem,
Na eternidade...
Só na eternidade...
Quando chegar aqui, vai ter...Que cuspir Sol.

- Lua gorda e autoritária.